domingo, 17 de fevereiro de 2013
PREÂMBULO do livro de Maringá ao Deserto de Atacama
PREÂMBULO
Qual
é o motociclista que não sonha em realizar uma viagem longa de moto? Pegar a
estrada, curtir a estrada?
Acho
que isto está implícito no espírito de aventura de todo motociclista, já no
momento em que ele compra sua primeira moto.
Acaba
virando uma meta, um sonho: realizar uma motoviagem.
Mas
as dúvidas aliadas à falta de experiência levam a diversas interrogações: Vou
para onde? Quantos dias? Quem vai comigo? Vou gastar quanto? Minha moto serve
para essa viagem? É perigoso? Enfim, o sonho é um, mas as dúvidas são muitas.
Ciente
dessas “dificuldades” e com o espírito de contribuir com os colegas
motociclistas, aliado à vontade de relatar minha viagem e ter o prazer de
perpetuar uma aventura na qual eu posso relembrar várias vezes, é que esta
descrição se fundamenta.
Procuro,
inicialmente, com certa pitada de humor, desmitificar alguns “obstáculos” que
as próprias pessoas se impõem, como se fossem auto-desculpas para não
realizarem ou adiarem suas pretensas viagens.
É
citada também a importância de um prévio e consistente planejamento em
detalhes, o que certamente será traduzido e configurado no fator mais
importante da viagem: A SEGURANÇA.
Descrever
uma viagem com a emoção do momento é a coisa mais fácil, por isso optei em
rascunhar os sentimentos logo após cada etapa da viagem, onde as lembranças, os
perigos, as dificuldades, as emoções ainda estão aflorando em nosso corpo e na
nossa mente.
Evidentemente,
cada motociclista sonha em fazer viagem para algum lugar em particular, mas o
que se tem notado é que existem alguns locais que são ícones dos pilotos
motociclistas brasileiros, tais como: Ushuaia, Buenos Aires, sul da Argentina
com entrada para Santiago do Chile pelos Caracoles, Machu Picchu e a famosa
“Mano Del Desierto”, no deserto do Atacama, no Chile, que aqui é apresentada de
uma maneira descontraída, cheia de informações úteis e emoções, principalmente
para aqueles que desejam realizar esta viagem pela primeira vez. E, para
aqueles que já realizaram esta magnífica viagem, com certeza vão relembrar cada
momento da viagem, suas mentes retornarão aos locais com um sorriso nos lábios.
Fazer
esta viagem para mim foi um marco dignificante, afinal de contas, sozinho, é um
desafio a mais.
Verificar
que em outros países da América do Sul há estradas tão boas ou melhores que as
nossas, fazer contato com pessoas de cultura simples e totalmente diferentes,
mas que te ensinam outra maneira de encarar a vida, tudo fica valorizado em uma
viagem como esta.
Você
encarar uma chuva intensa sem ter onde se abrigar, não saber se vai encontrar
combustível nos postos à frente, desconhecer se há hotéis disponíveis, depois
de um dia todo viajando, subir montanhas com fortes ventos e curvas acentuadas
de mais de 180º com perigosas e pesadas carretas no sentido oposto, atravessar
regiões com longas salinas congeladas, atravessar desertos com altas
temperaturas e ventos que podem te derrubar da moto, enfrentar a travessia das
famosas Cordilheiras dos Andes, onde qualquer descuido pode ser problemático e o
alto risco de sua moto apresentar problemas em meio às geladas montanhas
desertas, tudo isso pelo simples prazer de pilotar uma moto pela estrada e a
emoção de vencer um a um os desafios que vão surgindo ao longo da viagem e ter
o orgulho de dizer: FUI LÁ.
Isso
é relatado a seguir com a emoção do momento de quem vivenciou esses e outros
desafios maiores para poder concluir a viagem, quer seja pilotando a moto ou
não.
Parece
até engraçado para quem não tem o espírito de motociclista, compreender que
você viaja milhares de km pelo simples prazer de viajar, chegar ao destino,
tirar uma foto e retornar. Mas você foi até lá para tirar uma foto e retornou
logo em seguida, perguntam as pessoas. Sim, é isso mesmo, fui até lá, curtir a
maravilha que é pilotar em uma estrada, tirei a foto e retornei. Que prazer
enorme que dá fazer isto. Só quem já viveu pode tentar descrever esse momento
mágico. Mas é indescritível.
Valor
24,90 – já incluído o frete.
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